Indignação dos professores fará transbordar o Campo Pequeno
Terá amanhã lugar, no Campo Pequeno, um enorme Plenário de Professores e Educadores prevendo-se a participação de 10.000 docentes que, desta forma, voltam ao protesto de rua para contestarem a política do governo e o seu impacto na Educação.
Como é público, em virtude da aplicação de sucessivos PEC, com reflexo maior no Orçamento de Estado para 2011, o governo montou o maior ataque jamais feito ao emprego dos professores e às condições de exercício da sua profissão, à organização e funcionamento das escolas e à qualidade da Educação, prevendo-se para Setembro o seu mais violento impacto.
A par dessas medidas que os professores já sentem no seu salário, na sua carreira, na instabilidade do seu exercício profissional e nas condições de trabalho e funcionamento das escolas, o governo insiste na manutenção de um modelo de avaliação injusto e burocrático, que é gerador de problemas e conflitos nas escolas. Essa teimosa insistência torna ainda mais forte a indignação e o protesto dos professores que amanhã desaguará em Lisboa, no Campo Pequeno, para depois se dirigir para a Avenida 5 de Outubro.
Este protesto torna-se ainda mais importante, uma vez que, ainda hoje, o Governo anunciou as linhas gerais de um novo PEC que irá atacar de novo nos salários, no emprego, nos apoios sociais, na carga fiscal e nas escolas, prevendo aprofundar as medidas no âmbito da rede escolar (leia-se, mais encerramentos e mais mega-agrupamentos).
Assim, durante o dia de amanhã, os professores começarão a juntar-se a partir das 14 horas no Campo Pequeno; pelas 15 horas terá início o Plenário com as intervenções dos presidentes das organizações promotoras a começar meia hora depois.
Ao longo da tarde, os professores preencherão uma Ficha de Avaliação do Ministério da Educação para, no final das intervenções, ser colocada à votação uma Moção que resume as razões do protesto dos professores.
De seguida, pelas 17 horas, o Plenário dirigir-se-á para a Avenida 5 de Outubro, onde, às 17.30 horas, os representantes das organizações serão recebidos pelo Secretário de Estado Adjunto e da Educação. Na breve reunião prevista será entregue a Moção aprovada no Plenário, bem como as fichas de avaliação preenchidas pelos Professores e Educadores.
Enquanto decorrer a reunião, os Professores e Educadores presentes isolarão o Ministério da Educação com um cordão humano que cercará todo o quarteirão em que se situam as instalações do Ministério. Será a forma de simbolizar o isolamento a que o ME está cada vez mais sujeito, seja em relação às escolas, seja aos professores.
Lisboa, 11 de Março de 2011
A Plataforma de Sindicatos de Professores
FENPROF (Federação Nacional dos Professores)
SPLIU (Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades)
SEPLEU (Sindicato dos Professores e Educadores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educação e Universidades)
FENEI (Federação Nacional do Ensino e Investigação)
ASPL (Associação Sindical de Professores Licenciados)
SINAPE (Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação)
SIPPEB (Sindicato dos Professores do Pré-Escolar e do Ensino Básico)
SIPE (Sindicato Independente de Professores e Educadores)
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