domingo, 15 de novembro de 2009

SOBRE A CONFEDERAÇÃO DE QUADROS

NÃO À SAIDA DO SPGL DA CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA
DE QUADROS TÉCNICOS E CIENTÍFICOS

A Confederação Portuguesa de Quadros Técnicos e Científicos constituiu-se em 1988, na sequência do Encontro Nacional de Quadros, realizado a 9 de Janeiro, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, sob o lema “Os Quadros, a modernização e o desenvolvimento da sociedade portuguesa” e em que participaram mais de quatro centenas e meia de Quadros Técnicos e Científicos (Engenheiros, Professores, Economistas, Juristas e Magistrados, Médicos, Investigadores, Informáticos e outros).
O Encontro concluiu que “as organizações de Quadros ou representando Quadros actualmente existentes esgotaram-se ou podem vir a esgotar-se em sucessivas intervenções desenquadradas de perspectivas globais de defesa dos Quadros: os problemas avolumam-se, Quadros até há algum tempo activos afastam-se e os jovens tendem a alhear-se e não sentem atracção pela intervenção empenhada na resolução dos seus problemas”. Esta é uma afirmação que ainda hoje é actual: há tendências que procuram fragmentar por sectores a intervenção dos Quadros procurando impedir uma acção global e solidária de todos os Quadros em defesa dos seus interesses e direitos e pelo desenvolvimento sustentável de Portugal, no quadro de um mundo mais globalizado e injusto para aqueles que exercem a sua actividade por conta de outrem.
Face à situação constatada, o Encontro recomendou às organizações que o promoveram que desenvolvessem “os esforços necessários para discutir com todas as organizações de Quadros ou que representem Quadros, sem excepção, formas de colaboração que conduzam ao aparecimento de uma nova organização que possa vir a abranger todos os Quadros portugueses”.

O SPGL É UM DOS SINDICATOS FUNDADORES DA CONFEDERAÇÃO
PORTUGUESA DE QUADROS TÉCNICOS E CIENTÍFICOS (CPQTC)
Ainda em 1988, a Assembleia Geral de Sócios, com a participação da maioria dos sócios do SPGL, decidiu a sua integração na CPQTC, juntando-se ao Sindicato dos Professores do Norte, aos Sindicatos dos Trabalhadores da Função Pública do Norte, do Centro e do Sul e Açores, Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local, Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas, Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Urbanos de Lisboa, Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, Sindicato dos Ferroviários do Centro, Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica do Distrito de Lisboa, Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços do Distrito de Lisboa, Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações, Sindicatos dos Médicos do Norte, do Centro e do Sul.
Os sócios do SPGL decidiram por esmagadora maioria a filiação por questões de solidariedade com os outros Quadros e porque entenderam que era absolutamente necessária uma estrutura que desse voz aos problemas dos Quadros e que respondesse à fraca organização dos Quadros nos sindicatos verticais e a algum isolacionismo nas organizações horizontais. Os docentes sentiram que tudo tinham a ganhar na conquista e manutenção dos seus direitos a uma carreira valorizada ao estar numa estrutura que assumisse com clareza a valorização e dignificação dos Quadros técnicos e científicos portugueses (Engenheiros, Arquitectos, Juristas, Magistrados, Economistas, Médicos, Investigadores, etc.).

EM NOVEMBRO DE 2002, OS SÓCIOS DO SPGL REAFIRMARAM
A SUA VONTADE DE PERMANÊNCIA DO SPGL NA CPQTC
Em Novembro de 2002, os sócios do SPGL voltaram a pronunciar-se sobre a permanência ou não do SPGL na Confederação de Quadros e a resposta continuou a ser pela sua permanência nessa organização, reconhecendo a necessidade de estarem com os outros Quadros.
Entretanto, alguns elementos que integram a actual Direcção do SPGL não desistem de impor o seu isolamento, propondo a sua saída da Confederação de Quadros. Desta forma o movimento sindical docente ficaria mais frágil perante o poder político e patronal, ao quebrar os laços de solidariedade com os restantes Quadros portugueses.
Tanto as conclusões do Encontro de Quadros, como a posição da Assembleia Geral de Sócios do SPGL realizada em 1988, continuam actuais.
Cada vez mais os Quadros e os docentes portugueses são afectados pelo desemprego, o subemprego, a precariedade de trabalho, a degradação dos salários e das carreiras profissionais, a degradação dos direitos sociais (aposentação, saúde, educação, segurança social, etc.), a flexibilização do horário de trabalho em detrimento do lazer e da vida familiar, a flexibilização do local de trabalho, o exercício de funções que não correspondem ao conteúdo funcional da respectiva categoria, o desrespeito pela deontologia e ética profissionais.

OS PROFESSORES CONTINUAM SOLIDÁRIOS
COM OS OUTROS QUADROS TÉCNICOS E CIENTÍFICOS

A solidariedade entre os Quadros e entre estes e os restantes trabalhadores é condição essencial para o reforço da garantia de êxito na luta pelos seus interesses individuais e colectivos
Vir nesta altura questionar as formas existentes de unidade e solidariedade dos Quadros vem fragilizar ainda mais as suas organizações e a sua intervenção na sociedade portuguesa em prol dos seus interesses e direitos e por um desenvolvimento sustentável do país, assente na valorização do trabalho, nomeadamente o trabalho qualificado, e a produção nacional de bens e serviços, principalmente aqueles com maior valor acrescentado recorrendo à inovação e incorporação de Ciência & Tecnologia.
Pretender que o SPGL abandone a CPQTC é um grande serviço que está a ser prestado ao poder político e patronal e não aos Docentes e Quadros portugueses.
Por tudo isso os sócios do SPGL têm que dizer novamente NÃO à saída da Confederação Portuguesa dos Quadros Técnicos e Científicos.

NO DIA 10 DE NOVEMBRO, DÁ MAIS FORÇA À SOLIDARIEDADE
ENTRE OS QUADROS TÉCNICOS E À SUA ACÇÃO REIVINDICATIVA

VOTA A FAVOR DA PERMANÊNCIA DO SPGL
NA CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA
DE QUADROS TÉCNICOS E CIENTÍFICOS

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