terça-feira, 3 de novembro de 2009

MUDANÇAS SÓ COM A LUTA

Avaliação e estatuto da carreira docente
Mário Nogueira lamenta teimosia do Governo e "silêncio absoluto" do ministério
Público, 03.11.2009 - 11:06 Por Bárbara Wong

"Na educação o maior desafio não é a carreira nem a avaliação, mas estes são no imediato os principais", os professores têm que "estar ganhos" para aplicar a escolaridade obrigatória de 12 anos e introduzir as reformas necessárias e "não se pode ter isso em clima de conflito", alerta o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof). Em causa estão as declarações de Jorge Lacão que garante que está fora de questão o Governo suspender a avaliação dos professores.

Em declarações à TSF, o ministro afirma que o Executivo só está disponível para aperfeiçoar o actual modelo e apela ao sentido de responsabilidade da oposição."Essas declarações são mais teimosas do que lúcidas e decorrem de uma obstinação muito negativa. Para os professores a indignação vai crescer ainda mais", avisa Mário Nogueira que lamenta que "o ambiente comece a ser de regresso ao passado".
O secretário-geral da Fenprof lamenta o "silêncio absoluto" da nova ministra, as declarações de outros ministros e o facto do PS ainda não ter agendado reunião com as principais organizações sindicais quando todos os outros partidos já receberam os sindicatos. Nogueira lembra uma entrevista de José Sócrates onde o primeiro-ministro admitia que faltara "delicadeza" na relação com os professores.
"Parece que a nova equipa é mais delicada mas que vai fazer rigorosamente a mesma coisa."
Sobre Isabel Alçada diz: "Não é um sorriso nos lábios que faz falta aos professores mas outras medidas" que passam por uma avaliação que deve ter como objectivo melhorar o desempenho dos profissionais e não criar um ambiente negativo nas escolas, conclui.

As declarações de Jorge Lacão só serão surpreendentes para os ingénuos e para alguns conciliadores incorrigíveis que "acreditaram" que iria haver um "interregno" na luta e que até seria uma boa ocasião para rever os Estatutos do SPGL (vd. Escola Informação, nº 232, Outubro 2009, pág. 16).
Nada mais errado, como já tínhamos alertado em:
http://professores-unidos.blogspot.com/2009/10/luta-dos-professores-e-o-novo-quadro.html
Confirma-se que só com o prosseguimento da luta, os professores e educadores conseguirão a necessária ruptura e mudança das políticas educativas.

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