Depois de ter apresentado a percentagem de 61% para a Greve de 3 de Dezembro, o Ministério da Educação veio, na véspera da Greve de 19, fazer a "revisão em alta" para 67%, o que deixou perplexos todos os comentadores, já que, sendo correctos os 61%, a percentagem nunca poderia subir, mas sim descer, com a apresentação de atestados.
Ontem, quando os dados do ME apontavam para 41% (nunca arredondam os números para dar uma impressão de rigor) e era visível em todo o País a fortíssima adesão, muitos voltaram a interrogar-se sobre as razões de tanta disparidade em relação aos números dos sindicatos.
E, mais intrigados ficaram ao saber que a fonte dos dados do ME e dos sindicatos era a mesma, ou seja, os Conselhos Executivos.
Afinal, a explicação é simples e resume-se a duas grosseiras manipulações:
- Se a escola está fechada, não conta para a percentagem (presumem que não é possível calcular o número de professores em greve!)
- Se a escola está aberta, calcula-se a percentagem com base nos professores em greve, num universo do total dos professores da escola e não dos que tinham serviço distribuído à hora da contagem!
Mas que grandes trapaceiros!
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