No movimento sindical docente a relação de forças nem sempre tem permitido que as nossas teses e a visão que temos da intervenção e da luta sindical tenham vencimento.
O SPGL é, desde há vários anos, um dos exemplos de um sindicalismo reformista que não serve os interesses dos professores nem da escola pública.
A revelação, que hoje surgiu na imprensa e logo foi aproveitada pelos mais empedernidos campeões da luta anti-sindical, de que o João Paulo Videira se transferiu do sindicalismo reformista do SPGL para o ministério da educação é matéria que os Professores Unidos conhecem há já algum tempo.
Não lhe damos demasiada importância, porque como afirmou o secretário geral da FENPROF, «João Paulo Videira [militante do PS] foi legitimamente eleito pelos professores para coordenador do distrito de Santarém do Sindicato de Professores da Grande Lisboa, que o propôs para integrar o Secretariado Nacional e o Conselho Nacional da Fenprof, órgão para o qual foi eleito no congresso de 2007, [uma vez que] As organizações sindicais têm professores militantes de todos os partidos, embora a maior parte não seja militante de nenhum partido».
A questão que se coloca, para nós, é mantermos a firmeza da nossa luta, dispostos a contribuir para a vitória do Lema sob o qual apresentámos a nossa lista às últimas eleições para o SPGL - Eleger uma direcção de confiança - o que, com gente como JPV é manifestamente impossível de acontecer, sobretudo quando é o próprio a declarar que defende os mesmos princípios no sindicato e no ME.
Como se tal fosse possível com um governo que está completamente vendido aos interesses do capital financeiro e da globalização capitalista.
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